Experiências de formação que tornam o futuro professor de Educação Física mais confiante no início do estágio

Autores

  • Maria Martins Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa
  • Marcos Onofre Laboratório de Pedagogia (LaPed), Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa
  • João Costa Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa

Resumo

A investigação acerca da autoeficácia dos professores tem demonstrado uma estreita relação com a qualidade do seu ensino. Segundo Bandura (1997), esta crença forma-se através de quatro fontes: experiência de mestria, experiência vicariante, persuasão verbal, e estados fisiológicos e emocionais.

O presente estudo identificou e analisou as experiências de formação como fontes de autoeficácia que os estagiários reconheceram como tendo contribuído para o desenvolvimento da sua autoeficácia.

Esta pesquisa decorreu em duas fases: uma extensiva e outra intensiva. Na fase extensiva foi identificado o perfil de desenvolvimento da autoeficácia dos estagiários (n=67) através da diferença entre os valores de duas aplicações de um questionário de autoeficácia específica. Posteriormente, selecionaram-se três casos representativos dos estagiários que evidenciaram um maior desenvolvimento positivo desse constructo. Na fase intensiva do estudo utilizou-se a entrevista semi-dirigida para identificar as experiências de formação como fontes de autoeficácia.

Os resultados indicaram que as experiências de mestria em contexto real de ensino, e a persuasão verbal de supervisores e colegas foram as fontes comummente reportadas pelos três estagiários. Dois estagiários distintos referenciaram a experiência vicariante e os estados fisiológicos e emocionais. As implicações destes resultados para a formação de professores são discutidas.

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Publicado

09-06-2017

Edição

Secção

Educação, Escola e Sociedade