Força de rotação e amplitude de movimento do ombro em tenistas juniores masculinos (16 -18)
Resumo
O principal objectivo desta pesquisa foi caracterizar o equilíbrio muscular do ombro rotador em tenistas portugueses do sexo masculino, com idades entre os 16 -18 anos. A força isocinética de rotação interna e externa foi medida no dinamómetro Biodex, a 90º e 180º/s. A amplitude máxima de movimento de rotação externa e de rotação interna foi avaliada através de goniometria.
Os parâmetros de força isocinética, a razão entre a força de rotação externa e a força de rotação interna (rácio RE:RI) e a máxima amplitude de movimento realizado em cada movimento de rotação foram comparados entre ambos os ombros. Os parâmetros isocinéticos da força de rotação interna e externa foram significativamente maiores (p ≤ 0,05) no braço dominante em ambas as velocidades. Os valores médios do rácio RE:RI observados no braço dominante eram menores do que no braço não dominante e diferenças significativas foram encontradas apenas a 90º/s.
O ombro dominante apresentou uma amplitude significativamente menor de rotação interna, uma amplitude significativamente superior de rotação externa e uma redução significativa na amplitude total de rotação, quando comparado com o ombro não dominante. Estas adaptações do braço dominante podem contribuir para maiores cargas sobre os músculos rotadores do ombro e na cápsula posterior e a consequentemente, predispor o tenista a instabilidade do ombro e consequente lesão.
Assim, no tenista jovem deve ser desenvolvido desde cedo um trabalho específico visando o desenvolvimento da flexibilidade e da força muscular dos músculos rotadores externos. Esse trabalho visa criar condições para desenvolver um perfil muscular do ombro dominante mais preparado para suportar as elevadas cargas de rotação interna produzidas durante a execução dos gestos tenísticos.
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