Educar para um estilo de vida activo. Caracterização das aulas de um grupo de professores de Educação Física

Autores

  • Adilson Marques Faculdade de Motricidade Humana, Universidade Técnica de Lisboa
  • Francisco Carreiro da Costa Faculdade de Educação Física e Desporto, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias

Resumo

A Educação Física escolar providencia uma óptima oportunidade para que todos os alunos participem em actividades físicas e desportivas de forma estruturada e regular. Os objectivos deste estudo de caso são analisar a quantidade e qualidade da actividade física oferecida aos alunos, conhecer as orientações educacionais dos professores e verificar em que medida as mesmas influenciavam a intensidade das aulas, na perspectiva da promoção da saúde.

Para a analisar a qualidade e quantidade de actividade física curricular e a intensidade das aulas recorreu ao SOFIT e à monitorização da frequência cardíaca. O grau de coesão conceptual dos professores foi analisado através do VOI. Os alunos de 6 professores estiveram mais de 60% do tempo útil das aulas em actividade física com intensidade moderada a vigorosa. Três professores providenciaram mais de 50% do tempo a essa intensidade e apenas um não chegou a esse valor.

O comportamento dominante entre os alunos foi “andar”, correspondendo a 34.4% do tempo de observação das 3 aulas dos 10 professores. A frequência cardíaca média para o conjunto das 3 aulas foi de 131.9 bpm, variando entre 117.3 e 142.5. Os professores de Educação Física tinham orientações educacionais diferentes. Apesar dos professores terem orientações educacionais distintas, o trabalho em equipa contribuiu para minimizar as diferenças individuais e as diversas concepções do currículo.

Por isso, ao contrário do que era esperado, professores com diferentes orientações educacionais providenciaram aulas com níveis de intensidade semelhantes.

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Publicado

09-06-2017

Edição

Secção

Especial